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A oposição está unida, discute nomes à sucessão estadual e começa a fazer pesquisas para definir qual candidato lançará ao Governo do Estado. A declaração é do ex-senador Luiz Pontes, que, durante quatro anos, presidiu a Executiva Regional do PSDB. Pontes, em entrevista ao Jornal Alerta Geral (FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 22 emissoras no Interior), nesta sexta-feira, 23, destacou a liderança do senador Tasso Jereissati (PSDB), a força eleitoral do Capitão Wagner e o cenário que permite a oposição apresentar nomes fortes com uma nova proposta administrativa para o Estado do Ceará.

O ex-presidente da Executiva Regional do PSDB, afirmou que as articulações, de fato, já começaram entre a oposição, a qual, segundo ele, tem se reunido “sistematicamente”. “Tivemos uma última reunião, no gabinete do senador Tasso Jereissati (MDB), e conversamos sobre coligações, candidatura e ficamos de voltar novamente a conversar”, disse.

O ex-senador confirmou que o deputado estadual Capitão Wagner, que declarou que não disputaria a candidatura ao governo do Estado nas eleições deste ano, agora parece querer voltar atrás e já se manifesta a favor de disputar ao cargo executivo mais importante do Estado. Pontes, no entanto, diz que nada está definido. “Estamos fazendo avaliação e pesquisa tanto qualitativas quanto quantitativas para que possamos encontrar os melhores nomes para disputar as eleições com uma chapa completa das oposições”, avaliou.

Luiz Pontes também comentou sobre a importância da janela partidária para uma definição mais clara e concreta das oposições à nível nacional e estadual, além de os partidos, de acordo com o ex-senador, já passarem a trabalhar com nomes para as disputas eleitorais. A janela se abre no dia 7 de março e dá prazo de 30 dias para que os políticos mudem de legenda sem punição por infidelidade partidária. “Nessas datas, de março a abril, nós temos que estar já com um quadro mais definido, porque vai haver uma movimentação muito grande no Congresso Nacional e nas Assembleias”, explica.

O ex-senador destacou ainda que o PSDB vai buscar um candidato que tenha “compromisso com o Estado e longe do corporativismo” e que essa é uma das maiores preocupações da legenda.

Apoio à candidatura ao Planalto

Perguntado sobre o apoio dos dirigentes regionais do PSDB à candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o ex-presidente da Executiva Regional do PSDB destacou que o partido sempre apoiou, no Ceará, candidatos da legenda, quando estes se candidatam à Presidência da República.

Para ele, Alckmin é um bom nome, devido a experiência de quatro mandatos como governador do Estado mais rico do País. “O Brasil precisa, nos próximos anos, de tranquilidade e de um homem que inspire confiança, porque senão isso vai virar um caos”. Pontes disse que, caso Alckmin seja confirmado como candidato de Centro, ele será apoiado.

Luiz Pontes, contudo, não descartou um palanque favorável as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara Federal, e de Henrique Meirelles (PSD), atual ministro da Fazenda, mas ressalta que o PSDB do Ceará não vai apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

“Não vamos usar nosso palanque para pedir votos para o Bolsonaro, porque temos a consciência de que não é o melhor nome. Já um palanque que tem um Maia, um Meirelles, são nomes que não trazem nenhum transtorno para o País, mas ficou para nós decidirmos”, pondera.

Confira abaixo a entrevista na íntegra do ex-senador Luiz Pontes ao Jornal Alerta desta sexta-feira:

LUIZ PONTES – EX SENADOR