A cúpula nacional do PT já discute internamente a preparação de um ato, na próxima semana, em Curitiba, para anunciar publicamente o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como candidato do partido.

No momento, está em discussão se o evento acontecerá na segunda ou na terça-feira. O TSE determinou, na madrugada do último dia 1º, que o PT tem 10 dias para indicar o substituto. Se não fizer isso, o partido fica fora da eleição.

Apesar de a realização do ato já ser dada como certa por aliados de Haddad, dirigentes da legenda negam oficialmente o evento. Um dirigente petista diz que o momento de sacramentar a saída da cena política está sendo difícil para Lula. “Não há definição ou convocação de nenhum ato para Curitiba”, escreveu a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), nas redes sociais.

Na quarta-feira, 5, defesa de Lula ingressou com novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão da Justiça Eleitoral que negou ao ex-presidente o registro de candidatura. É a terceira frente aberta pelos advogados, em menos de 24 horas. O pedido é para que o STF suspenda os efeitos do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até que chegue à Corte o recurso extraordinário sobre o caso.

O ministro Celso de Mello foi sorteado relator. Se o recurso extraordinário chegar ao STF, Mello também será o relator da apelação. Esse pedido de liminar está associado ao recurso apresentado na noite de anteontem no TSE, que a presidente do tribunal, ministra Rosa Weber, ainda vai decidir se envia ou não para o STF. Até que Rosa tome essa decisão, a defesa pede a suspensão dos efeitos da decisão da Justiça Eleitoral.

O argumento é o mesmo apresentado ao TSE: uma recomendação do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) asseguraria a Lula o direito de concorrer. No TSE, por seis votos a um, os ministros decidiram que o documento do comitê da ONU não precisa ser seguido pela Justiça brasileira.

Antes do pedido de liminar, a defesa de Lula já tinha impetrado uma ação no STF pedindo a suspensão da inelegibilidade de Lula, sob relatoria do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato. Ele poderá enviar o caso ao plenário ou para julgamento na 2ª Turma, composta por cinco ministros, como pediu a defesa.

Com informações do Jornal O Globo