A queda brusca no número de ações com a entrada em vigência da lei trabalhista no final de 2017 e que levou a questionamentos sobre a necessidade do Brasil mantem em funcionamento a Justiça do Trabalho aquece o debate e provoca reações. Uma das manifestações contará qualquer ameaça de enfraquecimento da Justiça do Trabalho foi realizada, nesta segunda-feira, 21, em frente ao Fórum Autran Nunes, no centro, em Fortaleza.

Um dos maiores movimentos aconteceu, em São Paulo, com servidores, juízes e advogados que realizaram o ato em frente ao Fórum Ruy Barbosa, na zona oeste da cidade.  As manifestações, que acontecem em outras capitais, representam uma reação a declarações   do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, em entrevista concedida no início de janeiro para o SBT, admitiu a possibilidade de extinção da Justiça do Trabalho.

Como grito de ordem, os manifestarem bradaram: “Jair Bolsonaro, o brasileiro quer Justiça do Trabalho”. Trecho no sentido Centro da Avenida Marquês de São Vicente, onde está localizado o Fórum Ruy Barbosa, foi interditado para realização do ato. A estimativa dos organizadores é que 1,5 mil pessoas participaram da manifestação na capital paulista.

 O ato é parte do recém-criado Movimento Em Defesa da Justiça do Trabalho (MDJT) e, segundo os organizadores, foi articulado para rebater insinuações de Bolsonaro de que o Brasil é um dos únicos países do mundo com uma justiça especializada na resolução de conflitos trabalhistas.