“O grande argumento para justificar a aprovação desse Cadastro positivo [automático] é de que finalmente os bancos vão poder reduzir os juros na hora em que forem conceder empréstimos. […] Eu tenho muitas dúvidas de que, na realidade, essa inclusão automática vá realmente resultar em juros menores”, afirma Beto Almeida no Bate-papo político sobre a aprovação do Senado ao Projeto de Lei que torna automática a adesão dos cidadãos ao Cadastro positivo.

A adesão automática de consumidores e empresas aos cadastros positivos de crédito segue para sanção presidencial. O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) mudanças nas regras do cadastro positivo, instrumento criado em 2011 para ser um banco de dados sobre bons pagadores, contrapondo-se aos famosos cadastros negativos (como Serasa e SPC), que registram maus pagadores. O texto aprovado foi o PLP 54/2019, originado do substitutivo da Câmara dos Deputados ao PLS 212/2017-Complementar. Foram 66 votos favoráveis e 5 contrários.

Confira todas as informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), Wellington Lima:

Beto Almeida ainda acrescenta que grandes instituições financeiras, como os bancos, estão comemorando essa medida porque trata-se de uma forma mais criteriosa de se avaliar quem é um bom pagador e quem é inadimplente.

No entanto, o jornalista alerta para dois pontos: o primeiro é que considera negativo e impositivo o fato do cadastro se tornar automático, pois a medida seria invasiva ao direito básico do cidadão à inviolabilidade dos seus dados; o outro aspecto é o fato de que o controle desses dados ficarão sob os cuidados de empresas privadas como o Serasa.

Confira as análises de Beto Almeida e Luzenor de Oliveira na íntegra clicando no player abaixo: