Os prejuízos causados ao setor produtivo cearense com a paralisação dos caminhoneiros ainda estão sendo calculados, mas as perdas de alguns segmentos são significativas. Exemplo dessa situação foi exposta pelo setor de laticínios, aves e suínos. A indústria láctea calcula os prejuízos em R$ 5,4 milhões. Na avicultura e suinocultura, a preocupação é com o desabastecimento de ração para as aves e suínos. De acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Ceará (Sindilaticínios), o Ceará está deixando de escoar a produção de 500 mil litros de leite por dia. O setor da avicultura deve sentir impactos pelos próximos dois anos, conforme o presidente da Associação Cearense de Avicultura (Aceav), João Jorge Reis. E ainda pode piorar.

CNI pede fim

Sob o título “O Brasil não pode continuar parado!”, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota sobre a greve dos caminhoneiros, na qual, faz um apelo para que o movimento chegue ao seu final. O texto elenca uma serie de prejuízos causados pela paralisação do setor de transporte de cargas e diz que não é hora para movimentos oportunistas. A CNI alerta para os 13,7 milhões de desempregados e diz que esse número deve piorar. A retomada do crescimento econômico, que já vinha lenta, pode demorar muito mais.

Desemprego

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados esta semana pelo IBGE. Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,6%. No trimestre até março de 2018, o resultado ficou em 13,1%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.182,00 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa uma alta de 0,8% em relação a igual período do ano anterior.

BIF 2018

O Ceará é um dos 23 estados com estande no Brazil Investment Forum (BIF) 2018, evento que se realiza até esta quarta-feira, em São Paulo, cujo objetivo é atrair investidores estrangeiros para o país. Técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado do Ceará (Adece), Complexo Industrial e Portuário do Porto do Pecém (CIPP), com Porto do Pecém e Zona de Processamento de Exportação (ZPE Ceará) participam do evento, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Governo Federal.

Varejo

As vendas no varejo cearense cresceram 1,1% em março deste ano (variação ajustada sazonalmente) em relação a fevereiro, que também havia registrado alta de 0,5% em comparação a janeiro, que passou por queda de 0,3% em relação a dezembro de 2017. Na comparação com os mesmos meses do ano passado, o varejo comum cearense registrou três altas consecutivas, janeiro (2,1%), fevereiro (2,6%) e março (5,8%. Com esses movimentos, o Estado acumulou alta no primeiro trimestre de 2018 de 3,5% comparativamente ao primeiro trimestre de 2017, levemente abaixo do registrado pelo país, que foi de 3,8%. Os números estão no Enfoque Econômico (nº189) – Desempenho das vendas do varejo cearense no 1º trimestre de 2018, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará.