No primeiro grande desafio do Vozão, em 2019 (tirando, é claro, o Clássico-Rei), o que poderia ser a definição do “padrão de jogo que dá certo“, acabou deixando o torcedor frustrado com o desempenho do time. O jogo válido pela terceira fase da Copa do Brasil, entre Ceará e Corinthians, demorou a deixar a bola rolar mas, quando rolou, não parou mais.

Mesmo prejudicados com a situação do gramado – encharcado pela forte chuva que caiu sobre a Capital – os dois times conseguiram criar jogadas e chegaram com perigo à meta adversária. Mas, a visita do Timão que se mostrava complicada até certo momento do confronto, no Castelão, deslanchou no segundo tempo: 3 x 1 para o alvinegro paulista.

Nos primeiros 90 minutos da terceira fase da competição, Júnior Urso abriu o placar (em jogada que deveria ser anulada com um impedimento), e Juninho empatou. Então, Vagner Love e Jadson garantiram a vitória corintiana na segunda etapa após um apagão do Vozão. O time comandado por Lisca, mais uma vez, até conseguiu criar, mas vacilou na finalização.

O principal responsável alvinegro cearense por balançar a rede, Roger, na primeira vez que reencontrou seu ex-clube, fez pouco. Fora as bolas perdidas, teve duas chances claras e errou ambas: primeiro pelo chão, em finalização colocada; depois, em cruzamento, com conclusão fraca para a defesa de Cássio.

Na segunda etapa, o Ceará sentiu os gols sofridos e se desorganizou. No ataque, o alvinegro cearense pecou no último passe e na finalização – algo comum nos últimos jogos – enquanto via o rival muito mais eficaz na troca de passes. O técnico Lisca não conseguiu, também, mexer no jogo com as alterações feitas. A fragilidade acabou traduzida no placar.

O triunfo dá ao time de Fábio Carille a possibilidade de perder por até um gol de diferença no jogo de volta, que acontece na Arena no dia 3 de abril. Não há critério de gol qualificado fora de casa, assim, qualquer vitória do Ceará por dois gols leva tudo para as penalidades.