A taxa de vacinação contra o sarampo, aplicada primeiro aos 12 meses de vida, esteve abaixo do adequado em 21 unidades da Federação em 2017. No caso da dose de reforço, dada aos 15 meses, a situação é ainda mais dramática. Apenas o Ceará alcançou a meta de 95%, considerada pelo governo o mínimo para erradicar a doença. Os piores índices estão no Pará (55,8%), Maranhão (55,62%) e Rio Grande do Norte (56,54%), apontam dados atualizados do Ministério da Saúde.
Os números apontam, porém, que o problema não se restringe a determinadas regiões. No caso da primeira dose, as taxas mais baixas foram registradas no Pará (68,45%), São Paulo (74,31%) e Acre (75,26%).
RIO DE JANEIRO:71,74% DAS CRIANÇAS VACINADAS COM O REFORÇO
O Rio de Janeiro, que registrou pelo menos quatro casos suspeitos, vacinou 97,92% das crianças com a primeira dose e 71,74% com o reforço no ano passado.
O Ministério da Saúde atualizou a média de vacinação no Brasil contra sarampo para 84,97% (primeira dose) e 71,55% (segunda dose) em 2017. As taxas informadas até então os dados informados pela pasta eram, respectivamente, 83,9% e 70,7%. Mesmo com a atualização, os índices estão abaixo de 95%.
Surtos na região Norte e casos no Rio de Janeiro reacenderam o sinal vermelho do governo, que também não descarta o retorno da poliomielite devido à baixa cobertura vacinal. A doença, da qual o Brasil está livre desde 1990, é mais conhecida como paralisia infantil.