A semana começa com um cearense no centro das articulações que marcam a disputa pela Presidência da Mesa Diretora do Senado Federal. O senador Tasso Jereissati, do PSDB, tem o nome articulado como alternativa a uma possível candidatura do senador Renan Calheiros, do MDB.

Tasso conta hoje com a simpatia de senadores eleitos pelo PSDB, PDT, PPS e Rede. Calheiros costura alianças com diferentes partidos, tenta atrair apoio do Palácio do Planalto, mas encontra resistências entre novos senadores que defendem a renovação no comando do Senado. O nome de Tasso pode atrair, também, apoio de setores do PSL que o veem como um político de trajetória ética e respeitada.

Um dos articuladores da candidatura de Tasso é o senador eleito pelo PDT, Cid Gomes.

Tasso é um nome excelente, tem o perfil. Uma das nossas preocupações é termos alguém respeitável, que possa elevar o nome do Senado, mas não podemos ter um nome só. Nosso objetivo é compor uma maioria e, para isso, é preciso abrir portas

Cid Gomes, a partir de primeiro de fevereiro de 2019, exercerá o seu primeiro mandato de senador.

O correspondente do Jornal Alerta Geral, Sátiro Salles, tem mais informações sobre o assunto:

Partida com 23 votos

A bancada do PSDB, que conta com oito senadores (e deve receber mais uma parlamentar, Maisa Gomez, do Acre), apoia o nome de Tasso, o que daria a ele, na largada, 23 votos.

A movimentação ocorre no momento em que aliados do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vislumbram dificuldades no Senado devido à fragmentação partidária registrada na eleição.

Ceará no Senado

O Ceará ocupou a Presidência do Senado em duas oportunidades, nas últimas três décadas: primeiro, com Mauro Benevides (MDB), no biênio 1991-92, e, atualmente, com Eunício Oliveira (MDB), que, nas eleições deste ano, não conseguiu renovar o mandato.

O tucano Tasso Jereissati entra, a partir de 2019, na segunda metade do mandato e é considerado um dos um dos nomes mais respeitados da política brasileira.