A crise financeira que se abate sobre as cidades brasileiras deixa metade dos Municípios do Ceará sem condições de pagar o 13º salário dos servidores. A queda na arrecadação tributária e o aumento de despesas com as contrapartidas para obras e serviços realizados em parceria com os Governos Estadual e Federal, segundo o assessor especial da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece), Expedito Nascimento, a mais grave crise financeira das Prefeituras nos últimos 10 anos.

Expedito, em entrevista, nesta sexta-feira (17), no Jornal Alerta Geral (FM 104.3 – Expresso Grande Fortaleza + 22 emissoras no Interior), disse que, no ano passado, os Municípios receberam o dinheiro da repatriação – recursos arrecadados pelo Governo Federal com os impostos pagos pelos brasileiros que regularizaram o dinheiro depositado no exterior, e encerraram o exercício com as contas em dia. Em 2017, segundo Expedito, o quadro é crítico e não há salvação.

“Os Municípios enfrentam uma das piores crises financeiras dos últimos 10 anos. Diariamente, recebemos na Aprece relatos de prefeitos que enfrentam dificuldades’’, expôs Expedito Nascimento, ao afirmar, ainda, na entrevista ao Jornal Alerta Geral, que a crise não atinge apenas as Prefeituras do Ceará e estende a maior parte das cidades brasileiras. Expedito disse que, para não ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, nem a Constituição Federal, os prefeitos deverão pagar o 13º salário em dia, mas irão atrasar outros compromissos como, por exemplo, a folha salarial de dezembro.

MARCHA A BRASÍLIA

O assessor especial da Aprece, Expedito Nascimento, disse, ainda, que, na próxima segunda-feira, milhares de prefeitos desembarcam em Brasília para tentar sensibilizar o Governo Federal sobre a crise financeira dos municípios. Os prefeitos querem uma quota extra do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e contarão, nessa marcha a Brasília, com o apoio do presidente do Senado, Eunício Oliveira.

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ENTREVISTA LUZENOR – EXPEDITO NASCIMENTO