O presidente Michel Temer e seus principais auxiliares fizeram o seguinte diagnóstico nesta terça-feira (6): Os principais focos de resistência para votar a reforma da Previdência, hoje, estão concentrados nas bancadas do PR e do PSD.

Além disso, a cúpula do Planalto avalia que o PSDB precisa se posicionar claramente sobre a Previdência – desta forma, acreditam, os tucanos darão peso à preparação para a votação. Até agora, o PSDB afirma ser favorável à proposta, mas não fechou questão pela Previdência.

O PMDB, partido de Temer, se reúne na tarde desta quarta-feira (7) para fechar questão. Nos bastidores, segundo auxiliares do presidente, Temer vai concentrar todos os esforços para virar votos na bancada do PR e PSD. Juntas, as bancadas somam cerca de 80 votos.

No PSD, por exemplo, o presidente abriu outras frentes de interlocução, já que o líder do partido se diz resistente à proposta. Temer pediu ao ministro Gilberto Kassab, presidente do partido, que trabalhe junto aos deputados para conseguir aumentar o número favorável à Previdência.

No PR, o presidente conta com a ajuda de Valdemar da Costa Neto, cacique da legenda e principal articulador no partido.

Sobre os tucanos, o presidente recebeu relatos nesta quarta-feira de que as conversas do governador Geraldo Alckmin com colegas do partido em Brasília para angariar votos pela Previdência não foi bem sucedida.

Ministros de Temer acionaram tucanos da ala governista para tentar convencer deputados a fechar questão.

Na noite desta quarta, o presidente vai voltar a se reunir com presidentes das legendas, para uma nova contagem de votos.

Crédito do Jornal O Globo