O tema foi alvo de uma polêmica no ano passado. Na véspera da aplicação da prova, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, determinou que redações que tiverem trechos de desrespeito a direitos humanos não poderiam ser zeradas, permitindo apenas o desconto de pontos.

O número foi considerado sem expressividade pela presidente do Inep, Maria Inês Fini, que disse não ter havido “nenhum percentual que chamasse atenção” ao comentar a estatística.

Enquanto o número de provas com pontuação máxima na redação caiu de 77 para 53 entre 2016 e 2017, a quantidade de notas zero subiu de 291.806 para 309.157. Em termos percentuais, os exames zerados passaram de 4,84% para 6,54%.

O principal fator que motivou nota zero nas redações foi fuga ao tema, equivalente a 5,01% do total, enquanto esse percentual foi de 0,78% em 2016. Por outro lado, a nota média dos participantes aumentou entre as edições de 2016 e 2017 do exame, passando de 541,9 para 558,0 quando a pontuação máxima é de 1.000.

Em 2017, o Enem foi aplicado pela primeira vez em dois fins de semana seguidos. Em um dos dias de prova, os estudantes fizeram as redações e no outro, as provas específicas divididas em três áreas: ciências humanas, matemática e ciências da natureza.