Agricultor identificado como Orlando do Zé Paulo, no município de Jaguaruana, região do Jaguaribe, acabou morrendo após ser picado por uma cobra. A falta de soro antiofídico no Hospital Nossa Senhora da Expectação é apontado como a possível causa da morte. O agricultor residia em Volta, zona rural de Jaguaruana, e veio a falecer na última segunda-feira, em Russas, após ser transferido de Jaguaruana.

Segundo informações do correspondente do Jornal Alerta Geral da região, Cid Ferreira, primeiro, Orlando se dirigiu ao hospital de Jaguaruana, mas, na unidade, não havia o soro. O homem foi, então, transferido para Russas, onde morreu logo depois de chegar. Um funcionário do hospital confirmou a falta do soro na unidade.

A eficiência do produto é grande, mas sua utilização precisa da ajuda de um especialista. O soro antiofídico disponibilizado no Brasil pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde é comprado de três laboratórios públicos, sendo o maior deles o paulista Butantan, responsável por metade da produção nacional.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano, 30 mil brasileiros são vítimas de picadas de cobra e, das vítimas, cerca de 2 mil têm reações graves e 300 morrem. A pequena proporção de óbitos esconde um elevado número de amputações e paralisias provocadas pelo envenenamento, frequentemente pela dificuldade para administrar o soro. 

Informações de Cid Ferreira