O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 3,1 pontos em dezembro ante novembro, para 90,0 pontos, após uma alta de 0,2 ponto no mês anterior, divulgou nesta quarta-feira, 11, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de média móveis trimestrais, o indicador apresentou uma queda de 1,2 ponto, a primeira queda desde outubro de 2015 (-0,2 ponto), segundo a FGV.

Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 0,6 ponto na passagem de novembro para dezembro, alcançando 103,6 pontos, após subir 3,8 pontos no mês anterior.

Segundo a entidade, os indicadores refletem, mais uma vez, a piora na percepção da situação da economia no País. No IAEmp, os componentes que mais contribuíram para a queda foram os indicadores sobre o ímpeto de contratações nos próximos três meses, na Sondagem da Indústria, e sobre a expectativa dos consumidores de encontrar emprego, na Sondagem do Consumidor, com variações de -6,8 e -6,5 pontos, respectivamente, informou a FGV, em nota.

Já no ICD, a classe de renda do consumidor que mais contribuiu para a alta do indicador foi o grupo com renda mensal familiar entre R$ 4.800,00 e R$ 9.600,00.

“O IAEmp apresenta retração pelo segundo mês seguido devido à redução do entusiasmo quanto a uma recuperação mais célere da economia brasileira tanto por parte do empresariado quanto pelos consumidores. Ao mesmo tempo, a forte elevação do ICD reflete a elevação das taxas de desemprego observadas e a maior dificuldade de se conseguir emprego”, diz o comentário distribuído em nota pela FGV.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. Já o ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, de perguntas da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no Brasil.

Estadão Conteudo