O ex-governador paulista Fernando Haddad (PT), vice da chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, cobrou nessa segunda-feira, 13, que seus adversários deveriam se manifestar publicamente em favor de sua participação nos debates entre presidenciáveis.

Haddad lembrou ter defendido, em 2016, quando tentava a reeleição, a presença da deputada Luísa Erundina (PSOL) nos debates entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Questionado especificamente sobre a necessidade de uma manifestação pública do candidato do PDT, Ciro Gomes, Haddad afirmou: “Não estou cobrando uma atitude que eu mesmo não tenha tido. Em 2016, uma campanha difícil, Erundina e é ex-prefeita do PT, e eu defendi que ela participasse”, afirmou Haddad.

Segundo Haddad, parece não haver contraindicação da RedeTV à participação de Lula, ou de um representante, no debate que a emissora promoverá na próxima sexta-feira, 17. O ex-prefeito reconheceu que petistas chegaram a discutir a conveniência de sua presença nos debates, sob pena de ser encarada como a desistência da candidatura de Lula. Mas prevaleceu a tese de que, se o discurso for de reafirmação de Lula, é melhor lutar pela participação nos eventos.

“Você está falando do líder das pesquisas. Se essa pessoa [porta-voz de Lula] fizer chegar o seu recado ao eleitor, a democracia ganha”, disse Haddad. O ex-prefeito de São Paulo abriu “O Brasil visto de Baixo”, ciclo de sabatinas com presidenciáveis organizado pela Casa do Baixo Augusta e pelo Catraca Livre.

O petista negou que tenha discutido a hipótese de registrar sua candidatura à Presidência com o nome de Fernando Lula Haddad. Ele disse que a possibilidade de Lula ser impedido de concorrer não deve ser encarada com naturalidade e espera não figurar nas urnas eletrônicas. Mais de uma vez, ele repetiu que Geraldo Alckmin (PSDB) representa a continuidade do governo Temer.

Haddad também duvidou que o tucano e o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, estejam no segundo turno. Na opinião do ex-prefeito, para que Alckmin cresça, Bolsonaro tem que cair.

Com informações do Jornal Folha de São Paulo