De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, divulgado nesta quarta-feira (9) pelo IBGE. Fortaleza manteve a instabilidade dos preços em julho, com leve variação, de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a capital cearense tem alta de 3,65%, a terceira maior do país.

Os setores com maior deflação foram transportes, alimentação e bebidas, com redução de 0,66% cada; habitação teve a maior alta com 2,24% em julho em relação ao mês de junho.

No Brasil, o índice ficou com 0,24%, o menor resultado para julho desde 2014, quando o índice ficou em 0,01%.

Em 12 meses, o índice foi para 2,71%, abaixo do piso da meta de inflação estipulada pelo governo pela primeira vez desde março de 2007. O piso da meta é de 3% ao ano (1,5 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,5% ao ano). Este patamar foi o menor para 12 meses desde fevereiro de 1999, quando o índice acumulou 2,24%.

De janeiro a julho, o IPCA ficou em 1,43%, bem abaixo dos 4,96% registrados em igual período do ano passado.

Em julho, os grupos habitação e transportes puxaram o índice para cima, com variação positiva de 1,64% e 0,34%. Já o grupo alimentação e bebidas, que responde por 25% das despesas familiares, recuou pelo terceiro mês consecutivo (-0,47%).

Com o maior impacto no IPCA, a energia elétrica subiu 6% dentro do grupo habitação, o item que mais contribuiu para o resultado de julho. “Isso ocorreu devido à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, a partir de 01 de julho, representando uma cobrança adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos”, diz o IBGE.

Segundo o órgão, o aumento do PIS/COFINS, ocorrido na maioria das regiões pesquisadas, também ajudou, com o reajuste de 7,09% em Curitiba a partir de 24 de junho, e de 5,15% em uma das concessionárias de São Paulo desde 4 de julho.

Créditos do G1