Os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projetam crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2018, mesmo percentual de crescimento deverá se repetir em 2019. A estimativa consta da Carta de Conjuntura divulgada hoje (22) pelo Instituto.

Na avaliação do Grupo de Conjuntura do Ipea, a inflação mesmo com o esperado aumento de preços dos alimentos, deverá fechar este ano em 3,6%, com cenário positivo para a recuperação do nível de atividade econômica do país.

A avaliação dos economistas, o principal resultado positivo do primeiro bimestre do ano veio da taxa de inflação. “Apesar da importante contribuição dos alimentos, mesmo com a exclusão desses preços do cálculo do IPCA [Índice Nacional de preços ao Consumidor Amplo, do IBGE), o índice acumulado em 12 meses recuou de 10% para 4,2% entre janeiro de 2016 e fevereiro de 2018”, diz o estudo.

“A projeção da taxa de variação do subíndice do IPCA para alimentos em 2018 é 3,63%, enquanto a de bens livres, exceto alimentos, é 2,36%. A estimativa do subíndice desagregado para educação é 6,27%, e de 5,94% para saúde”, de acordo com o Ipea.

Na avaliação do Ipea, a inflação em patamar baixo mostra que há espaço para que a política monetária possa estimular o crescimento sem grandes riscos de escalada de preços. O entendimento é que o resultado em 2018 será explicado principalmente pela expansão do consumo das famílias (estimado em 3,4%) e do investimento (4,5%).

O consumo do governo deve registrar crescimento nulo, enquanto as exportações líquidas de bens e serviços devem contribuir negativamente para o resultado do PIB, com avanço das importações (7,5%) superior as exportações (6,5%). O crescimento da indústria (3,6%) e dos serviços (2,9%) deve compensar a queda do PIB agropecuário, projetado para 2,2%).

Com informações Agência Brasil