Um levantamento do Conselho Federal de Medicina, divulgado nessa segunda-feira, 21, revela que 2.800 municípios brasileiros gastaram menos de R$ 403,37 com a saúde de cada habitante durante o ano de 2017.

No Estado do Ceará, Fortaleza gasta, em média, apenas R$ 350,25 com a saúde de seus munícipes.

  • Os municípios que menos investem são, pela ordem: Mauriti: R$ 111,61; Itapiúna: R$ 112,68; Itapipoca: R$ 119,55; Crato: R$ 118,71; Crateús: R$ 135,99.
  • Já os que mais investem são: Guaramiranga: R$ 997,25; Eusébio: R$ 846,48; São Gonçalo R$ 641,89; Ererê R$ 548,57 e Icapuí: R$ 509,93.

Em entrevista ao Jornal Alerta Geral (gerado pela FM 104.3 na Grande Fortaleza e retransmitido para mais 26 emissoras no Interior do Estado), o médico ortopedista e professor  da Universidade Federal do Ceará (UFC), Henrique César, disse, nesta terça-feira, 22, “mesmo com pouco investimento, o atendimento na saúde poderia ser melhor.”

Durante a entrevista, o Dr. Henrique destaca que, no Ceará, apenas um hospital é referência em trauma ortopédico – área na qual é especialista -, o Instituto Doutor José Frota (IJF). O hospital recebe todos os casos graves públicos de traumas do Estado. Quando se investe apenas recursos na Capital para prover atendimento a todo o Estado, consequentemente haverá um déficit na qualidade do atendimento.

Para ele, não é segredo que a saúde é subfinanciada no Brasil. Segundo o Dr. Henrique, ainda que haja investimentos, a verba é mal empregada, pois não há planejamento nem políticas de saúde efetivas para priorizar a população de maneira geral.

Confira a entrevista na íntegra no player abaixo: