Os líderes dos partidos de oposição apostam que os altos índices de violência os colocarão no segundo tuno da eleição ao Governo do Estado e os garantirão, pelo menos, uma vaga ao Senado Federal. A informação esteve na pauta de debates dos jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida no Bate Papo Político da edição desta terça-feira, 27, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 103,4 – Expresso Grande Fortaleza + 24 emissoras no Interior). A escalada dos crimes de homicídios – foram quase 1.100 entre 1º de janeiro e 20 de março deste ano -, e os atentados contra prédios públicos, ônibus e veículos particulares, como aconteceu no último final de semana, irão continuar.

A oposição não acredita que  o Governo do Estado tenha condições de conter a onda de crimes e, por isso, foca o discurso na área de Segurança Pública. O tema entrou como prioridade na agenda da oposição e nas pesquisas de avaliação sobre a imagem que a população tem do Governo do Estado. A pesquisa, que dá ânimo aos líderes de oposição para lançar um candidato a governador, foi apresentada, nessa segunda-feira, em Fortaleza, pelo senador Tasso Jereissati aos dirigentes do PSDB, PSD, PROS e Solidariedade.

O crescimento da violência é o que mais preocupa, nesse momento, moradores de cidades do Interior e da Grande Fortaleza. É, ao mesmo tempo, o combustível que a oposição tem em mãos para explorar na pré-campanha e na campanha eleitoral para provocar o segundo turno da disputa ao Governo Estadual. Identificado com a área de Segurança Pública, o Capitão Wagner continua como o nome da oposição para disputar o Palácio da Abolição.

Os dois encontros comandados pelo senador Tasso Jereissati ocorreram em momentos delicados para o Governo do Estado na área da Segurança Pública: a primeira reunião de Tasso com os partidos de oposição foi realizada no dia 26 de janeiro, 24 horas antes da chacina do bairro Cajazeiras, em Fortaleza, quando 14 pessoas foram assassinadas. Os autores dos crimes ainda não foram identificados.

O segundo encontro das oposições, realizado nessa segunda-feira, aconteceu 24 horas após um dos finais de semanas mais tensos na Grande Fortaleza, com ataques criminosos contra prédios públicos (Secretaria de Justiça, Regional IV da Prefeitura e Juizado Especial Cível e Criminal – todos em Fortaleza, e CIOPS, em Sobral) e incêndios de ônibus. O Governo do Estado atribui a onda de ataques à reação das organizações criminosas que não aceitam a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios.