Se o primeiro turno da eleição à Presidência da República fosse hoje, os candidatos do PSL, Jair Bolsonaro, e Ciro Gomes, do PDT, estariam no segundo turno. É o que aponta a pesquisa do BTG Pactual, realizada pelo Instituto FSB Pesquisa, divulgada, nesta segunda-feira, 10. De acordo com os números da pesquisa estimulada, Bolsonaro tem 30% de apoio dos eleitores, seguido de Ciro Gomes, com 12%. Empatados, com 8%, disputando o terceiro lugar, aparecem Marina (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT).

Confira os números de intenção de votos no cenário estimulado:

– Jair Bolsonaro (PSL): 30%

– Ciro Gomes (PDT): 12%

– Marina Silva (Rede): 8%

– Geraldo Alckmin (PSDB): 8%

– Fernando Haddad (PT): 8%

– João Amoêdo (Novo): 3%

– Alvaro Dias (Podemos): 3%

– Henrique Meirelles (MDB): 3%

– Guilherme Boulos (PSOL): 1%

– Cabo Daciolo (Patriota): 1%

– Outros: 0%

– Não votaria em ninguém: 13%

– Brancos e nulos: 3%

– Não sabe: 7%

– Não respondeu: 1%

Cenário espontâneo

No cenário espontâneo, Jair Bolsonaro parece ter se “beneficiado” do ataque à faca da última quinta-feira, 6, e teve um forte aumento nas intenções de voto, no cenário espontâneo. Na contramão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na madrugada do último dia 1º, despencou nas intenções de votos no cenário espontâneo.

Na pesquisa espontânea, a intenção de voto de Bolsonaro passou de 21% para 26%, de uma semana para outra, enquanto neste último levantamento apenas 12% votariam em Lula, ante 21% da pesquisa anterior. Ciro Gomes (PDT) foi de 4% para 7%, alta acima da margem de erro, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) se mantiveram em 3%, mesmo percentual de João Amoêdo (Novo) e de Fernando Haddad (PT).

Confira os números de intenção de votos no cenário estimulado:

– Jair Bolsonaro (PSL): 26%

– Lula (PT): 12%

– Ciro Gomes (PDT): 7%

– João Amoêdo (Novo): 3%

– Geraldo Alckmin (PSDB): 3%

– Marina Silva (Rede): 3%

– Fernando Haddad (PT): 3%

– Alvaro Dias (Podemos): 2%

– Henrique Meirelles (MDB): 1%

– Outros: 1%

– Não votaria em ninguém: 13%

– Brancos e nulos: 4%

– Não sabe: 20%

– Não respondeu: 2%

Voto “definitivo”

Os eleitores de Bolsonaro também são aqueles cuja certeza do voto é maior. Para 78% deles, a decisão de voto é definitiva, sendo seguido pelos de Haddad (68%), Alvaro Dias (62%), Amoêdo (59%), Ciro (58%), Alckmin (49%), Boulos (40%), Marina (37%) e Meirelles (24%). Vale destacar que 55% dos que disseram votar branco/nulo apontaram ter certeza do seu voto.

O apoio de Lula a Haddad também mostrou uma certa estabilidade em sua importância. O número de pessoas que não votaria de jeito nenhum em Haddad caso Lula apoiasse o ex-prefeito paulistano oscilou dentro da margem de erro, de 61% para 63%, enquanto o número dos que votariam com certeza foi de 19% para 20%. Os que poderiam votar oscilou para baixo, de 14% para 12% de uma semana para outra.

Confira os números (voto em definitivo):

– Jair Bolsonaro (PSL): 78%

– Fernando Haddad (PT): 68%

– Ninguém/nenhum: 62%

– Alvaro Dias (Podemos): 62%

– João Amoêdo (Novo): 59%

– Ciro Gomes (PDT): 58%

– Brancos e nulos: 55%

– Geraldo Alckmin (PSDB): 49%

– Guilherme Boulos: 40%

– Marina Silva (Rede): 37%

– Henrique Meirelles (MDB): 24%

Apoio de Lula a Fernando Haddad:

– Votaria com certeza: 20%

– Poderia votar: 12%

– Não votaria de jeito nenhum: 63%

– Não sabe/não respondeu: 4%

Potencial de voto

Com relação ao potencial de voto (porcentagem dos que poderiam votar em um determinado candidato), Bolsonaro aparece na frente com 40%, ante 35% do levantamento anterior, sendo seguido por Ciro, que oscilou positivamente de 34% para 36%.  Já Alckmin subiu de 27% para 30% de uma semana para outra, sendo seguido por Marina, que caiu de 35% para 29%. Haddad aparece em seguida, subindo de 20% para 24%.

Confira os números:

– Jair Bolsonaro (PSL): 40%

– Ciro Gomes (PDT): 36%

– Geraldo Alckmin (PSDB): 30%

– Marina Silva (Rede): 29%

– Fernando Haddad (PT): 24%

– Alvaro Dias (Podemos): 19%

– Henrique Meirelles (MDB): 19%

– João Amoêdo (Novo): 12%

– Cabo Daciolo (Patriota): 7%

– Guilherme Boulos (PSOL): 5%

– João Goulart Filho (PPL): 5%

– Vera Lúcia (PSTU): 5%

– José Maria Eymael: 4%

Rejeição

Já Marina Silva ultrapassou Alckmin na lista de maior rejeição – ou seja, a porcentagem de quem não votaria “de jeito nenhum” no candidato/candidata – passando de 58% para 64%, um forte aumento ainda mais considerando os 54% de rejeição registrados no levantamento de duas semanas atrás.

Alckmin oscilou para baixo em termos de rejeição, passando de 63% para 61%. O tucano é seguido por Meirelles, que teve queda de 55% para 52%, mesmo percentual de Haddad. Ciro Gomes e Bolsonaro possuem 51% de rejeição, mesmo patamar do levantamento anterior.

Confira os números:

– Marina Silva (Rede): 64%

– Geraldo Alckmin (PSDB): 61%

– Henrique Meirelles (MDB): 52%

– Fernando Haddad (PT): 52%

– Ciro Gomes (PDT): 51%

– Jair Bolsonaro (PSL): 51%

– José Maria Eymael: 48%

– Cabo Daciolo (Patriota): 42%

– Alvaro Dias (Podemos): 41%

– Vera Lúcia (PSTU): 41%

– João Goulart Filho (PPL): 41%

– Guilherme Boulos (PSOL): 41%

– João Amoêdo (Novo): 36%

A pesquisa

A pesquisa, realizada nos dias 8 e 9 deste mês nas 27 unidades da Federação, ouviu, por telefone, 2.000 eleitores e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) BR-01522/2018. Os números apontam ainda que, entre os eleitores entrevistados, 13% não votariam em nenhum dos candidatos, 3% votariam em branco ou anulariam o voto, 7% não souberam responder e 1% não quis responder.