Os articuladores políticos do Governador Camilo Santana (PT) tentam encontrar espaços para contemplar os suplentes à Câmara Federal Gorete Pereira (PR) e Aníbal Ferreira Gomes (DEM). Uma das articulações feitas nos últimos 15 dias tinha como direção convencer o deputado federal José Airton Cirilo (PT). Cirilo declinou do convite porque o cargo seria de assessor especial – a licença de José Airton Cirilo beneficiaria Gorete Pereira.

Gorete e Aníbal cumpriram papel importante na campanha de 2018 ao garantir a presença do PR e DEM na aliança que reelegeu Camilo para o segundo mandato. Os dois, porém, ficaram como suplentes e tinham esperanças de assumir mandatos logo no início da legislatura. 

Deputado federal José Airton Cirilo (PT)

Camilo convidou o deputado federal Mauro Filho (PDT) para a Secretaria de Planejamento, garantindo, assim, a convocação de Aníbal para a Câmara Federal. Mauro decidiu, porém, permanecer em Brasília e, por enquanto, não voltará ao cargo de secretário. A decisão de Mauro Filho gerou frustração a Camilo e aos dirigentes do DEM

Logo no início do mandato, o governador convidou o deputado José Nobre Guimarães para o Secretariado. Guimarães estava de malas prontas para assumir a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), mas o vazamento da informação sobre o convite o fez mudar de planos. 

Se atendesse ao convite de Camilo, Guimarães abriria uma vaga na Câmara para a suplente Gorete Pereira. Camilo não desistiu das articulações para honrar o compromisso com Gorete e interlocutores do Palácio da Abolição tentaram atrair o deputado federal José Airton Cirilo para o Secretariado. 

A reportagem do Ceará Agora apurou, na manhã desta quarta-feira, nos bastidores da Assembleia Legislativa, que José Airton declinou do convite porque, ao invés de uma secretaria, o cargo a ser ocupado seria de uma assessoria especial. Com dificuldades para viabilizar a convocação de Gorete à Câmara Federal, o Palácio da Abolição pode contemplá-la com a representação do Ceará em Brasília.

O José Airton foi convidado, mas, pelo que eu soube, é que o cargo seria de uma assessoria especial em nível de secretário, o que não o agrada. É difícil você tirar um deputado do mandato em Brasília e trazê-lo para um cargo que, embora com status de secretário, não é visto como secretário


Observou um dos integrantes da bancada aliada ao Governo do Estado na Assembleia Legislativa.