A Federação Única dos Petroleiros (FUP) deflagrou no início da madrugada desta quarta-feira, 30, uma greve de três dias, mesmo após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter considerado, nessa terça-feira, 29, a paralisação nas instalações da Petrobras ilegal. A FUP recorrerá contra a decisão.

O sindicalista José Maria Rangel, coordenador geral da FUP, deu de ombros para a proibição: “A Justiça do trabalho está agindo como a justiça do capital. Esse é o papel que ela tem cumprido ao longo dos últimos anos”, disse, numa reunião com movimentos sociais e sindicais na sede da CUT do Rio de Janeiro.

A FUP abriu no seu site uma página para o acompanhamento ”minuto a minuto” da adesão à greve. Em sua página no Facebook, a federação noticiou à 1 hora da madrugada: “Greve dos petroleiros começa por refinarias, terminais e plataformas.” O texto anotou: “A greve nacional dos petroleiros contra a política de preços de derivados da Petrobras começou aos primeiros minutos desta quarta-feira, 30, em diversas refinarias e terminais da empresa.”

Confira na íntegra a nota divulgada pela FUP na sua página do Facebook:

“A greve nacional dos petroleiros contra a política de preços de derivados da Petrobrás começou aos primeiros minutos desta quarta-feira, 30, em diversas refinarias e terminais da empresa

Os trabalhadores não entraram para trabalhar nas refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX).

Também não houve troca dos turnos da zero hora nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR).

Na Bacia de Campos, as informações iniciais eram de que os trabalhadores também aderiram à greve em diversas plataformas.

O movimento prossegue pela manhã, quando estão previstas paralisações nas demais bases do Sistema Petrobrás.

Também nesta quarta-feira, 30, serão realizados atos e manifestações em apoio e em solidariedade à luta dos petroleiros contra a política de preços imposta pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, que gerou uma escalada de aumentos abusivos de gás de cozinha e nos combustíveis”.