O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi a primeira sigla partidária a fechar questão pela aprovação da Reforma da Previdência, na tarde desta quarta-feira em Brasília. O presidente do PTB, Roberto Jefferson, divulgou a informação por meio de nota. Ele informou que a decisão foi tomada por “esmagadora maioria” pela Executiva Nacional da sigla. Na nota a agremiação destaca que a reforma da Previdência é primordial para a retomada do crescimento do Brasil. O partido conta com 18 parlamentares na Câmara.

 

Já o PMDB, que tem a maior bancada da Câmara,  anunciou também que fechou questão e vai obrigar seus 60 deputados a votarem a favor da reforma da Previdência. A posição era a chave esperada pelo presidente Michel Temer, para que outras siglas da base aliada sigam o exemplo nos próximos dias. O partido, no entanto, não tem posição consensual com relação a punições aos que desobedecerem a decisão. Uma das ideias lançadas é que os desobedientes não teriam acesso ao fundo partidário destinado para as próximas eleições.

Já o PSDB reuniu sua Executiva Nacional do PSDB, na manhã desta quarta-feira, e não definiu sua posição quanto a proposta. Segundo o presidente interino da sigla, Alberto Goldman, os tucanos vão esperar a definição do texto final da reforma da Previdência e a data de votação da proposta no plenário da Câmara,.

Segundo ele, as definições seriam importantes e necessárias para que se possa ter uma identidade mais clara perante o eleitor. Goldman disse que segue a mesma linha de outros partidos da base aliada, que pretendem dizer “sim” para a Previdência se tiverem segurança da vitória e evitar um desgaste desnecessário com um proposta considerada impopular a um ano das eleições.

Ele afirmou que há um grande número de tucanos que não possuem convicção total da necessidade das mudanças propostas na reforma da Previdência. Alguns tem posição absolutamente firmada contra, outras  a favor, e a grande maioria, não têm convicção total da necessidade das mudanças.

O partido sugeriu no mês passado, três alterações na proposta do governo. A primeira que seja garantido o benefício integral na aposentadoria por invalidez, independentemente do lugar onde o problema ocorreu; a segunda que haja permissão para acumular benefícios (pensão e aposentadoria) até o teto do INSS (atualmente em R$ 5.531) e em terceiro lugar, que a regra de transição especial — com pagamento de pedágio — para que os servidores que ingressaram no sistema até 2003 possam ter integralidade (último salário da carreira) e paridade (mesmo reajuste salarial dos ativos) sem ter o cumprimento da idade mínima de 65 anos (homem) e 62 anos (mulher), como sugere a reforma do governo.

Compareceram a reunião o presidente afastado do PSDB, senador Aécio Neves (MG); o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (BA); e o deputado federal Bruno Araújo (PE), que deixou recentemente o Ministério das Cidades. O senador Tasso Jereissati e o pré-candidato a presidente do PSDB, o governador paulista, Geraldo Alckmin, não compareceram a reunião. Para explicar detalhes da proposta, foram ao encontro o secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, e o relator da proposta na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA).

Com informações das agências de notícias