O PT tenta construir uma estratégia para se posicionar como principal sigla de oposição e decidiu abrir espaços para o ex-candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, ganhar visibilidade. Caberá ao ex-presidenciável coordenar os Núcleos de Acompanhamento de Políticas Públicas (NAPPs).

Os núcleos irão monitorar as ações do Governo Jair Bolsonaro e, também, elaborar propostas para oferecer à oposição ao longo dos próximos quatro anos em várias áreas como economia, políticas sociais, saúde, educação e segurança.


Com 56 deputados federais eleitos em 2018 e uma bancada de seis parlamentares no Senado, o PT é o principal força de oposição na Câmara e busca criar um certo protagonismo na vigilância aos atos do Palácio do Planalto. Dentro das ações traçadas pelo comando nacional, está, ainda, o plano de divulgar o movimento Lula Livre, embora com duas condenações, o líder petista esteja fora das próximas disputas eleitorais.


Com o capital eleitoral de 2018, o PT se esforça para dar visibilidade ao nome de Fernando Haddad e deixá-lo como alternativa para a disputa presidencial de 2022. Como caminho para chegar forte na sucessão de Bolsonaro, Haddad terá na coordenação dos Núcleos de Acompanhamento de Políticas Públicas o canal para manter viva a imagem como quadro eleitoral mais forte do PT – o ex-presidenciável recebeu, em 2018, 47 milhões de votos.