Orientados pelo Palácio, o presidente da comissão especial da Reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só vão colocar o texto para votação quando houver certeza de que há ampla maioria governista. A informação, que está na Coluna Esplanada, do Jornal O Dia, Rio de Janeiro, mostra a preocupação do Governo Federal com o clima de rejeição ao projeto na Câmara dos Deputados.

A partir dessa segunda-feira (10), o Palácio do Planalto entra em campo para fazer uma sondagem junto aos parlamentares aliados. Na conta secreta do Governo, há uma pequena vantagem, que pode se reverter com a pressão de eleitores dos deputados e sindicatos dos redutos eleitorais.

A missão para fazer a sondagem junto aos deputados federais cabe ao ministro da Casa Civil,  Eliseu Padilha, ao líder  Romero Jucá (PMDB) e ao deputado Beto Mansur (PRB-SP). O trio vai atuar como “sondadores permanentes” das bancadas que vão votar favorável às mudanças. A consulta, segundo o Jornal O Dia, será pessoalmente e por telefone a partir deste fim de semana. As sondagens, conversas e reuniões começam a partir de segunda-feira e o Governo Federal quer segurança na votação da PEC 287. Se houver garantia de aprovação, o projeto será submetido ao Plenário.

A Semana Santa poderá ser marcada ainda por outro recuo do Governo Federal. O presidente Michel Temer admitiu, nessa sexta-feira, que poderá ceder na proposta inicial da idade mínima de 65 anos para as mulheres se aposentarem. Essa proposta, que gera rejeição entre aliados e oposicionistas ao Governo Federal, poderá convencer alguns parlamentares a assumirem compromisso com o Palácio do Planalto de votarem a favor das mudanças nas regras de aposentadoria e pensões.