Mais um macaco foi encontrado morto em Catanduva, no interior de São Paulo, na última sexta-feira, totalizando dez animais nos últimos meses. O animal foi localizado nas imediações do bairro Pedro Nechar, recolhido ao Centro de Controle de Zoonoses e encaminhado para exames que podem revelar se estava com febre amarela.

A Secretaria de Saúde aguarda resultados de exames feitos em três macacos. Até agora, há dois registros positivos para febre amarela nos animais encontrados mortos..

Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde de Catanduva, no caso do macaco encontrado na sexta-feira, foram tomadas medidas preventivas direcionadas à população que vive na região de Catanduva.

“A Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti (EMCAa) fez atividade de bloqueio, que consiste na eliminação de possíveis criadouros em imóveis das proximidades, além de nebulização no bairro. Agentes estão envolvidos na busca ativa de pessoas que ainda precisam tomar a vacina contra a doença”, diz nota da secretaria.

De acordo com balanço do setor, há dois casos suspeitos de febre amarela em humanos no município. Até a semana passada, foram feitos três registros de casos da doença, mas um deles foi descartado.

São José do Rio Preto

Em São José do Rio Preto, na última sexta-feira (10), foi encontrado um macaco doente no pátio da Escola Estadual Cardeal Leme, na região central da cidade. A Polícia Ambiental recolheu o animal, que acabou morrendo.

Segundo a Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto, a escola já foi nebulizada durante o final de semana e hoje (14) uma equipe está vacinando os alunos da unidade. A população que mora no entorno da escola também será vacinada. O macaco já foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz para avaliação. Dois macacos morreram em decorrência de febre amarela em São José do Rio Preto, nos últimos meses.

Doença confirmada

Na cidade de Américo de Campos também foi confirmada a morte de um macaco por febre amarela. O animal foi encontrado no dia 24 de janeiro na região rural da cidade, onde cerca de 40 pessoas moram. A Secretaria de Saúde do município informou que todas as ações preventivas necessárias já foram implantadas no local, como bloqueio com pulverização e vacinação dos moradores.

O resultado positivo chegou no dia 10 de fevereiro e, logo em seguida, uma equipe de Votuporanga foi à cidade para fazer a pulverização. Ontem outra equipe fez uma busca ativa do mosquito e colocou armadilhas. Apesar da população já ter sido imunizada, a vacinação continua aberta”, informou a secretaria de Saúde de Américo de Campos.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 2017, ocorreram no estado dois óbitos por febre amarela silvestre autóctone confirmados. Há cinco mortes confirmadas que são importadas, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais (com notificações em Santana do Parnaíba, três na capital e um em Paulínia).

Estão em análise 17 casos de pessoas que foram ou estão sendo tratadas por suspeita de febre amarela silvestre. Dessas, apenas cinco são do interior do estado. As demais têm histórico de deslocamento para Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Orientação

A Secretaria orienta as pessoas que pretendem viajar no feriado de Carnaval para áreas de risco para a doença a se vacinarem dez dias antes da viagem. Atualmente, a imunização é destinada especificamente para quem mora ou viaja para áreas de risco. No Estado de São Paulo a vacina está indicada para moradores de 455 cidades.

Esses municípios no território abrangido por regiões: Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Araçatuba, Jales, São José do Rio Preto, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, Araraquara, Bauru, Marília, Assis, Botucatu, Itapeva, São João da Boa Vista e parte de Sorocaba. A lista dos locais de risco está no link goo.gl/MppCXx.

A vacina pode ser aplicada a partir de nove meses de idade. Para as crianças, é necessária uma dose de reforço aos quatro anos. Adultos e crianças com idade superior a cinco anos já vacinados também precisam tomar um reforço único, dez anos após a primeira dose. Gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas não devem tomar a vacina.