Por duas vezes, em menos de uma semana, o Brasil se estarrece e choca o mundo com dois fatos revoltantes e da mais extrema insanidade.

O primeiro começou na noite de domingo com o incêndio que destruiu completamente o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Uma instituição de prestígio internacional, que guardava, de forma precária, é verdade, em seu acervo, mais de 20 milhões de peças, entre as quais relíquias da humanidade.

A origem do incêndio, ninguém sabe ainda. Porém, a sua causa, sem dúvida, foi o desprezo repugnante, generalizado e crônico que as autoridades brasileiras nutrem pelos verdadeiros valores nacionais.

Baixa a cortina negra do luto profundo.

Nessa quinta-feira, 6, o segundo fato insano desaguou de forma brutal na política brasileira, mais precisamente na campanha para presidente da República, quando justamente em Minas Gerais (Juiz de Fora), berço dos movimentos libertários mais importantes da nossa história, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, em ato público de campanha, sofreu um atentado brutal, vindo a ser esfaqueado no abdômen. Ato de violência inédito em uma campanha presidencial na história do País.

O autor? Aparentemente, um louco no meio da multidão, inflamada pela radicalização extremada e imbecil da política nacional. Atingido profundamente por uma crise econômica devastadora, diria pré-venezuelana, o Brasil depara-se com o abismo da falsa política, onde prevalecem a corrupção e o toma-lá-dá-cá indecente da troca de favores entre os homens públicos em geral.

É fato que o País se ressente de lideranças firmes e de credibilidade capazes de apontar o rumo e conduzir a Nação a porto seguro. Historicamente, nunca estivemos tão à deriva e sem perspectiva. O que se constata é a triste realidade de muitos brasileiros dando adeus à pátria querida, em busca de sobrevivência em outras plagas além-mar, sobranceiramente Portugal, que, um belo dia de abril, nos descobriu.

Há outra saída? Sim. Dificílima, mas não impossível, estaria bem perto, no dia 7 de outubro, quando os brasileiros comparecerão às urnas, para escolher seus representantes mais expressivos nos poderes Executivo e Legislativo, nas esferas estadual e nacional.

Essa saída seria uma arrebatadora, contudo improvável, tomada de consciência política do eleitor de que o Brasil precisa mudar, efetiva e profundamente, para sobreviver de forma decente e civilizada ao caos nacional, que se anuncia dramaticamente no futuro muito próximo do País, após 7 de outubro, ou no máximo dia 28, se houver segundo turno das eleições para presidente da República e governadores de Estado. Depois disso, poderá ser tarde demais.

(*) Comentarista de economia do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior). O Alerta Geral é transmitido, nesse período da propaganda eleitoral, a partir das 7h25 horas

Confira no player abaixo o comentário do jornalista Carlos Alberto Alencar na íntegra!

CARLOS ALBERTO ALENCAR – BRASIL A FOGO E FACA