O senador eleito Cid Gomes (PDT) tem feito articulações com futuros colegas de Senado para discutir a união de partidos na adoção de uma linha de atuação sem radicalismo, com a filosofia de que não pode haver alinhamento automático, nem oposição sistemática ao novo governo. Essa linha moderada de um grupo de senadores estará em um manifesto a ser elaborado pelo bloco de senadores independentes.

Cid Gomes, segundo registra, nesta quinta-feira, o blog da jornalista Denise Rothenburg, no Jornal Correio Brasiliense, discute os termos do manifesto do grupo que, informalmente, vem sendo chamado de “Senado Independente”.

De acordo com a colunista, o documento servirá de base para o bloco com vistas a cargos da Mesa Diretora, comissões técnicas, além de nomes e perfis para a Presidência da Casa e deverá ser divulgado em janeiro.

Com declarações em tom moderado, Cid Gomes,segundo o blog de Denise Rothenburg, é objetivo:

“Em respeito às urnas, e à democracia vinculada ao voto, é necessário que se dê um crédito de confiança ao novo governo”.

Sem posições extremadas, Cid adota o seguinte discurso:

“Nem alinhamento automático, nem oposição sistemática ao novo governo”.


A moderação nas palavras e no discurso não significa, porém, deixar de lado um tom mais crítico ao Governo Bolsonaro. Ou seja, a vigilância será feita aos atos e ações do novo Governo e, nesse momento, Cid enxerga riscos de divergências internas que podem gerar desencontros no novo ciclo de poder. Divergências, por exemplo, no campo das privatizações.  

“Tem um grupo que quer vender tudo. E, pela ausência de poupança privada no Brasil, vender significará entregar ao capital estrangeiro. Lá na frente, talvez isso gere um conflito”, avalia o pedetista.