O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato a Presidente da República pelo PDT, participou nessa sexta-feira (16) do ato Minas Pelas Diretas e do 55º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Belo Horizonte, onde conclamou o povo brasileiro a ir às ruas para mudar os rumos do País. Ele afirmou que considera improvável que o presidente Michel Temer (PMDB) não conclua o mandato. As informações são da Folha de São Paulo

Ciro diz que ele representa o poder real no Brasil e está fazendo o que pode e o que não pode. “Eu o conheço, ele não tem escrúpulos, ele é um grande canalha. Está espionando ministro do Supremo com a Abin, está perseguindo adversários e isso está funcionando.”, disse.

Sobre sua candidatura, Ciro disse que, ainda, é muito cedo, e afirmou que agora não é hora de dividir, é hora de somar. Ele propõe que os partidos de esquerda se unam para derrubar Temer e deixem para se dividir em “julho de 2018”, às vésperas da eleição.

Sobre a realização de eleições diretas, entende que seria “bom ter a mão do povo limpando a área”, mas não acredita muito que isso aconteça.

Falou ainda sobre a possível candidatura de Lula e disse ser contrário, pois entende que ele desserve ao Brasil e a sua própria biografia se ele não ajudar a construir uma passagem para um novo projeto. “Na hora que ele entrar, o Brasil se divide numa reflexão odienta e apaixonada ao redor dele,” observa.

Ciro responsabiliza Lula por ter colocado Temer na linha de sucessão e por ter indicado Dilma Rousseff, “uma pessoa sem experiência e que acabou se vulnerando a esse golpe”. “Porque [Lula] ficou tão poderoso, tão dono da verdade, que não ouviu mais ninguém”, completou.

O ex-ministro pontuou que a história brasileira adora se repetir, ao lembrar que Fernando Collor se elegeu com a promessa de moralizar o país. “O [João] Doria [PSDB] é a tentativa deles, mas ele é tão fraquinho que vão ter que inventar outro. Daqui até dezembro ele morreu.”