Definido o segundo turno da disputa à Presidência da República, começaram a ser deflagradas, na noite desse domingo, as articulações para alianças dos partidos que saíram derrotados no primeiro turno e agora tem como opções os candidatos do PSL, Jair Bolsonaro, e do PT, Fernando Haddad.   Terceiro colocado no primeiro turno, com 13.333.209 votos. o pedetista Ciro Gomes declarou que, no segundo turno, ficará ao lado da democracia e, com isso, sinalizou apoio a Fernando Haddad.
Ciro, ao manifestar gratidão aos brasileiros,  afirmou que agora vai comemorar a reeleição, no primeiro turno, do governador Camilo Santana (PT), que chamou de “superlativa”, e a vitória de seu irmão Cid Gomes (PDT) para o Senado, ambos de sua base de apoio no Estado. “Vamos agora tomar uma para espalhar o sangue. (…) Eu estou cheio de gratidão pelos milhões de brasileiros que aceitaram a minha mensagem, estou especialmente agradecido pelo Ceará, estado que me conhece de perto, sabe dos meus defeitos, das minhas humanidades”, completou.
Há dez dias, o presidenciável do PDT, na tentativa de se cacifar para uma vaga no segundo turno, vinha criticando Haddad e tentando se distanciar do PT em busca de eleitores do centro. A estratégia do PDT representou um realinhamento do discurso do candidato, que chegou a fazer deferências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, por inúmeras vezes ao longo da campanha.
Além disso, Ciro sempre se colocou mais à esquerda em entrevistas e debates, quando o PT ainda mostrava dificuldades para transferir votos de Lula para Haddad. Em sabatina realizada pelo Estado, no início de setembro, o candidato do PDT chegou a dizer que, se tivesse que escolher entre “coxinhas” e “mortadelas”, ele preferiria o lado dos “mortadelas”.