A depressão torna-se, a cada dia, uma grave questão de saúde pública, atraindo cada vez mais a atenção das autoridades. Uma doença que inicialmente achava-se que prejudicava apenas as pessoas que a contraiam, agora se demonstra como uma epidemia social.  O assunto foi destaque no Jornal Alerta Geral desta terça-feira (7) pelo médico ortopedista e professor universitário Dr. Henrique César.

A depressão não causa prejuízos apenas a pessoa que está doente, mas também a todo o seu ciclo social, consequentemente, atinge a todos que estão à sua volta. Uma das principais causas de preocupações dos governos de vários países é o fato da depressão prejudicar o desempenho profissional das pessoas, todas as outras áreas de sua vida em sociedade e também sua qualidade de vida.

Dr. Henrique destacou também, que isso faz com que cada vez mais trabalhadores abandonem seus cargos, que muitas vezes são essenciais em uma empresa, danificando, assim, a condução das atividades econômicas. Porém a grande preocupação pública não se refere apenas ao âmbito econômico. O fator que mais deixa o poder público apreensivo é o fato de que a cada dia o número de mortes causadas por depressão só aumenta.

Confira com exclusividade o comentário do médico ortopedista e professor universitário Dr. Henrique César:

Como identificar alguém com depressão?

Embora a característica mais marcante dessa doença seja a tristeza injustificada que perdure por mais de duas semanas, ela nem sempre é relatada pelos pacientes. Entre os sintomas estão a autodesvalorização, a desesperança, baixa produtividade, sentimento de inadequação, retraimento social tornando-se amigo da solidão, o humor irritável e a incapacidade ou desinteresse para fazer planos para o futuro.

Os sintomas costumam transitar entre os extremos. Queixas como falta ou excesso de sono, de apetite e do desinteresse sexual também são frequentes, embora poucas vezes sejam diagnosticadas como tal. Lembre-se que o mau humor crônico também pode ser prenúncio de depressão.

Como lidar?

Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tais tratamentos. Ainda, a metade dos pacientes tratados demorou em média seis meses para procurar um médico após os primeiros sintomas. Um terço desses pacientes abandonou o tratamento no primeiro mês por não apresentar a melhora esperada ou por julgar que a pouca melhora foi suficiente.