Após três meses de resistência para conversar com os líderes de partidos, o presidente Jair Bolsonaro se curva à realidade e decide se reunir com os chamados ‘caciques da velha política’. O diálogo é o único caminho para a construção de uma relação mais harmoniosa com o congresso nacional. Sem conversa, a agenda de interesses – não só do governo, mas de todo o país – não tem forças para caminhar.

No Bate Papo Político (FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior) desta sexta-feira (5), entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, ambos concordam que o diálogo é necessário e que a estratégia de agradar os parlamentares é válida para a construção de uma agenda para o país.

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O jornalista Beto Almeida acredita que a reunião entre o presidente e parlamentares melhorou o clima no Planalto. Beto cita que Bolsonaro negou “essa história da velha política” e “que há interesse para um novo Brasil“. No entanto, segundo o jornalista, foi Eduardo Bolsonaro que, no Twitter, voltou a criar polêmica, falando que “o pai só fez isso porque tem prestígio político”.

Situação da PEC

Para o jornalista Luzenor de Oliveira, o governo federal precisa, com urgência, convencer, pelo menos, 308 deputados federais a apoiá-lo nas mudanças da Previdência Social. Sem conversar, e sem agrado, a reforma não anda. As mudanças nas regras para concessão de aposentaria e pensões são urgentes. São necessárias! 

A PEC da Previdência Social tramita na Câmara Federal e tem duras mudanças para quem sonha com a aposentadoria integral. O Governo Federal enfrenta, no entanto, pressões para excluir alguns pontos do projeto de reforma.

A retirada de critérios que podem afetar mais determinadas categorias – como, por exemplo, os trabalhadores rurais – é uma sinalização para o governo avançar com a reforma que pode dar mais fôlego a Previdência Social brasileira. Nesse jogo de pressões, de queda de braços, nada melhor do que a conversa, o diálogo. Seja com a nova ou a velha política.