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Mortes que não são naturais e podem ser prevenidas. Assim são caracterizados os óbitos por causas externas, como acidentes, homicídios e suicídios. No Ceará, entre os anos de 2013 e 2018, ocorreram 8.745 mortes por causas externas de crianças e adolescentes, conforme levantamento feito pelo Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA) em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). Nos cinco maiores municípios do estado (Fortaleza, Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú e Sobral), a cada 10 óbitos do tipo da população infantojuvenil, sete foram assassinatos.

Em 2017, o Unicef havia apontado o Ceará como o estado de maior índice de assassinatos de adolescentes de todo o Brasil.

Em Fortaleza, das 3.388 mortes por causas externas de crianças e adolescentes, no período, 2.845 foram em decorrência de homicídios. Em um caso de grande repercussão, sete adolescentes foram assassinados na chacina da Messejana, em 2015, em um massacre com um total de 11 óbitos. Policiais são suspeitos dos homicídios.

Os números sistematizados pelo CCPHA em parceria com o Unicef tem como base informações do Ministério da Saúde. A pesquisa traz dados de todos os 184 municípios do Ceará e, conforme o levantamento, somente as cidades de Pires Ferreira e Granjeiro não registraram mortes externas durante os anos pesquisados.