A quantidade de mortes sem causas definidas, ou seja, que precisam ser esclarecidas aumentou no Ceará. Em cinco anos, entre 2014 e 2018, 3.841 mortes a esclarecer foram registradas no estado. O índice de mortes a esclarecer aumentou 46,8% no Ceará. Foram 627 ocorrências em 2014, 759 em 2015, 765 em 2016, 769 em 2017 e 921 em 2018. Segundo estatísticas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no primeiro semestre deste ano de 2019, houve mais 365 casos.

O dado corresponde a pessoas que foram encontradas mortas em circunstâncias desconhecidas, sem aparente sinal de violência e quando não foi possível afirmar que a morte se deu devido a um assassinato, mal súbito, ou suicídio.

O levantamento mostra ainda que as pessoas do sexo masculino, de 35 a 64 anos, são quem lideram as estatísticas. O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Leonardo Barreto, explica que o perito que vai ao local de crime não tem condições de detectar se o fato se tratou ou não de uma morte violenta e para não arriscar e colocar na guia cadavérica que foi homicídio, se coloca morte suspeita. Tecnicamente a Lei prevê os 30 dias de inquérito, se há maior complexidade do caso pode haver prorrogação do prazo. Todas as mortes a esclarecer gera um inquérito, se não tiver  crime se sugere o arquivamento.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informou que, atualmente, o laudo pericial confeccionado pela Perícia Forense do Estado do Ceará é elaborado no prazo de 10 dias, tendo por lei a possibilidade de ser prorrogado, em casos excepcionais, a partir de um requerimento dos peritos.