Mais um capítulo da discussão sobre as filas de espera para a concessão de benefícios do INSS se inicia nesta semana. A novidade é que, após o anúncio da contratação de 7 mil militares da reserva para agilizar a analise dos pedidos de benefícios ao INSS, pelo Governo Federal, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) entrou com uma medida cautelar para suspender as contratações.

Os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida comentaram sobre o assunto durante o Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral desta segunda-feira (20).

O Governo Federal tem o desafio de tentar dar agilidade ao atendimento dos segurados do INSS que já aguardam há meses pela aprovação do pedido de benefício.  Apenas no Ceará, mas de 100 mil segurados aguardam uma resposta da Instituição.

Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Sátiro Salles:

 

Segundo o jornalista Luzenor de Oliveira, o INSS afirma que os segurados aguardam em média 125 dias, mas pondera que a realidade se apresenta de forma diferente.

“Nós recebemos aqui no dia a dia, na produção do Jornal Alertar Geral, queixas e reclamações de segurados da previdência social que estão a 3,4, 5, 6 meses ou 8  meses a espera dessas respostas da sonhada aposentadoria”, analisa Luzenor.

“Nada pode ser tão ruim que não possa piorar”, é assim que Beto inicia seu comentário, apontado que a frase se aplica a situação que os segurados da previdência social, que aguardam nas filas virtuais, tem enfrentado.

“São filas virtuais, felizmente para o Governo e infelizmente para quem precisa do serviço. Porque eu acho que a pressão popular ainda seria muito maior se essas filas fossem ali, na carne, no olho, você vendo a procura de pessoas nas agências do INSS. Infelizmente essas filas existem, elas são reais, e na realidade são virtuais porque o processo é por lá”, salienta o jornalista.

Diante da medida do governo, o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) entrou com o pedido de medida cautelar para suspender a contratação de 7 mil militares da reserva para reforçar o quadro de pessoal do INSS.

Beto explica que no entendimento do TCU não pode haver o direcionamento de contratação para os militares da reserva. O jornalista questiona porque não se abre a contratação para ex-servidores que atualmente estejam aposentados.

“Qual o impacto disso? Agora o Governo federal vai ser notificado, a AGU, que é a Advocacia Geral da União, que é o órgão que defende o Governo Federal, vai ter que apresentar uma resposta”, afirma Beto, que ainda ressalta que toda a discussão representa mais atraso para a concessão dos benefícios.

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Confira na íntegra o Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral: