Parlamentares de esquerda já tentam articular a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da Câmara em 2019. O objetivo é evitar que, num eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), a Casa caia em mãos do grupo do capitão reformado.

A ideia seria juntar partidos como o PDT e o PC do B, além de setores do Centrão e do PSDB. E tentar também a adesão do PT, caso a legenda saia derrotada da campanha. Há uma crença de que o economista Paulo Guedes, que deve ocupar o Ministério da Fazenda em um eventual governo de Bolsonaro, preferiria Maia a qualquer outro bolsonarista, pela experiência e capacidade de articular a aprovação de pautas liberais na Câmara.

Já o grupo mais próximo de Bolsonaro tentará ganhar o comando do parlamento, caso vença a eleição. O deputado pernambucano e presidente licenciado do PSL, Luciano Bivar, já reivindica o cargo para o partido — talvez para ele mesmo. Outro nome no cardápio é o do deputado Marcelo Alvaro Antonio, o mais votado de Minas Gerais, com 230 mil sufrágios. Eduardo Bolsonaro, filho do candidato e reeleito deputado por SP, também é cotado. Mas integrantes do PSL acham que seria inconveniente colocar o próprio filho do presidente no cargo.

Com informações do Jornal Folha de São Paulo