Unidade do Sebraelab no Ceará | Foto: Divulgação

As micro e pequenas empresas sustentaram o saldo positivo na geração de empregos no mês de maio. O setor foi responsável pela criação de 38 mil postos de trabalho com carteira assinada, já as médias e grandes corporações registraram saldo negativo, demitindo 7,2 mil trabalhadores. O levantamento foi realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), feito com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

No total, levando em conta a diferença entre contratações e desligamentos, o Caged de maio fechou com saldo positivo de 32,1 mil empregos gerados. Desse total, o setor de serviços foi o segundo que mais empregou, perdendo apenas para os pequenos negócios da agropecuária, foram 16,7 mil pessoas. O comércio e a indústria de transformação registraram saldos negativos de 9,4 mil e 3,1 mil empregos, respectivamente.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, os pequenos negócios responderam pela criação de 326,6 mil novos empregos, 35 vezes mais que os empregos gerados pelas médias e grandes empresas. Porém, esse saldo foi 9,6% inferior ao registrado pelo segmento no mesmo período de 2018. As micro e pequenas empresas representam, no Brasil, 99,1% do total registrado. São mais de 12 milhões de negócios, dos quais 8,3 milhões são microempreendedores individuais (MEI).

Os pequenos negócios também respondem por 52,2% dos empregos gerados pelas empresas no país. Apesar disso, o segmento ainda tem participação um pouco tímida no Produto Interno Bruno (PIB) do setor empresarial, gerando 25% do total. Em países como o Reino Unido, a Alemanha, Itália e Holanda, essa participação na formação no valor adicionado ao PIB está acima de 50%.

Simples

Em abril, a lei que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC) entrou em vigor, isso passou a permitir que qualquer pessoa possa abrir uma empresa e emprestar recursos no mercado local para pequenos negócios. O governo estima que a criação da ESC pode injetar R$ 20 bilhões por ano em novos recursos para as micro e pequenas empresas no Brasil. Isso representa crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas que, em 2018, alcançou o montante de R$ 208 bilhões.

(*) Com informações da Agência Brasil.