Uma pesquisa conduzida pela Associação Americana de Medicina, de proporções inéditas, revelou o tamanho da uma tragédia brasileira. Somos o país onde, em números absolutos, mais se morre por arma de fogo em todo o planeta. Em 2016, foram 43 mil e 200 mortes.

O estudo abrangeu dados de 195 países e concluiu que as mortes por arma de fogo se transformaram em um problema de saúde pública de ordem global, atingindo um total de 251 mil mortes anuais. Dois terços dessas mortes são por homicídios.

O estudo mostra também o avanço dos países em relação ao combate aos homicídios, revelando casos de sucesso como o da Colômbia. O país reduziu sua taxa de mortes por armas de fogo dos 57,2 por cem mil habitantes de 1990 para os atuais 26,1, ainda altíssimo, mas decrescente.

O Brasil mantém, desde 1990, uma vexaminosa estabilidade na taxa de mortandade, que nos coloca ‘à frente’ de países como Iraque e Afeganistão. Na busca por culpados, o estudo lista um “candidato óbvio” – a facilidade de acesso as armas de fogo. O estudo ressalta a possibilidade de diferenças culturais e religiosas também exercerem papel importante.