Levantamento feito pelo portal Governo do Brasil em bancos de dados do Banco Central mostra que o crescimento econômico do País se refletiu nos índices locais. Consideradas as regiões separadamente, todas as cinco apresentaram avanço no Produto Interno Bruto (PIB) no acumulado de 12 meses até março deste ano.
Os números fazem parte do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), um indicador que tenta prever o resultado do PIB antes da divulgação oficial, que é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no segundo semestre.
De acordo com esses dados, quando observado o acumulado dos 12 meses anteriores a março, o cenário é ainda mais positivo: todas as regiões cresceram.
A Norte, nesse recorte, foi mais uma vez o destaque, registrando crescimento de 3,38%. A lista segue com Centro-Oeste (2,37%); Sul (1,83%); Nordeste (0,90%); e Sudeste (0,73%).
PIB do Norte
Na região Norte, a fabricação de máquinas e equipamentos segue em alta, principalmente os produtos eletrônicos e materiais de informática. Esse desempenho, entre outros fatores, pode ter sido influenciado pela Copa do Mundo e pelo aumento da demanda por televisores e outras telas. O Pólo Industrial de Manaus, por exemplo, teve faturamento de R$ 81 bilhões no ano passado, valor 9,41% maior que o registrado em 2016. E em 2019 deve apresentar novo crescimento.
Mas a alta econômica do norte não está restrita apenas ao Amazonas. Em Rondônia, a construção civil e o comércio têm movimentado a economia e gerado empregos. O Pará também ajuda a impulsionar o PIB da região. A produção industrial do estado tem subido, e o desempenho do aeroporto de Belém também cresceu, assim como a movimentação de cargas com exportações e importações, que quase dobrou no primeiro trimestre do ano.
Para 2018, a projeção do Banco Central é de que o PIB brasileiro cresça 1,6%. Essa previsão foi divulgada nessa quinta-feira (28) pela instituição. Segundo o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, houve uma revisão significativa nesse número, principalmente pelo “arrefecimento da atividade no início do ano, a acomodação dos indicadores de confiança e os impactos diretos e indiretos da paralisação dos caminhoneiros”.
O movimento da categoria em maio também afetou o mercado privado. “Inevitavelmente, as paralisações afetaram de forma negativa a confiança dos empresários do comércio”, explicou Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Com Governo do Brasil