A retirada do Brasil e outros mais de 20 países da lista de nações consideradas em desenvolvimento pelos Estados Unidos, na semana passada, pode afetar diretamente os exportadores cearenses. Principal destino de bens e mercadorias produzidos no Ceará, os Estados Unidos podem com a medida impor barreiras a produtos que antes poderiam estar protegidos pelo status de em desenvolvimento do País.

Em 2019, as vendas para os americanos corresponderam a 44,5% do valor total exportado pelo Estado (US$ 1 bilhão de US$ 2,2 bilhões), 15% a mais que no ano anterior, segundo dados do Ministério da Economia. A comercialização de produtos semimanufaturados de ferro ou aço, que compreendem principalmente as placas produzidas pela Companhia Siderúrgica do Pecém, corresponderam a mais da metade das vendas ao país (US$ 519,9 milhões, 51,7% do todo).

Além das placas, máquinas e peças do setor de energias renováveis, calçados e frutas estão entre as mercadorias mais enviadas às terras norte-americanas – e estão também entre os principais itens da pauta de exportação cearense.