O acesso a cinemas e outros equipamentos culturais, como museus e teatros, ainda é restrito para a maior parte da população cearense. Dados apontados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, em 2018, 51,2% das pessoas moravam em municípios sem ao menos uma sala cinema. Por sua vez, apenas 8,7% dos municípios possuía acesso a aparelhos culturais e apenas 8,7% dos municípios possuía acesso a aparelhos culturais.

O estudo revela que a população preta ou parda, por exemplo, é mais afetada nesse quesito. Enquanto 53,6% dos pretos ou pardos moravam em municípios sem cinema, esse número em relação aos brancos era de 45,5%.

Pessoas sem instrução ou que não completaram o Ensino Fundamental também são negativamente impactadas. Quase 60% das pessoas com escolaridade mais baixa vivia em municípios que não têm cinema, 38,1% em municípios sem museu e 38,6% em cidades sem teatro.

Além disso, conforme o IBGE, 53,8% das pessoas de até 14 anos viviam em municípios sem cinema, e 35,7% delas viviam em municípios sem museu.

De acordo com pesquisadores, essas são barreiras de acesso potencial que prejudicam o desenvolvimento cultural da população. Outras também podem agir, tais como o preço das entradas ou mesmo a distância física e inexistência de transporte público para o acesso.