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Em votação polêmica, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou a volta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia. Os deputados rejeitaram a determinação de que o órgão ficaria sob a guarda do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Dos deputados que votaram contra a medida, quatro são do Ceará.

O assunto movimentou o Bate Papo Político desta quinta-feira (23), entre os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, que veem a decisão como uma derrota para o governo federal. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, perde, assim, o controle do órgão de inteligência financeira que atua principalmente na prevenção e no combate à lavagem de dinheiro.

Para Beto Almeida a decisão é ainda mais grave porque, segundo ele, o ministro Moro tem, como ex-juiz federal, um conhecimento profundo do órgão. Para o jornalista, no entanto, com as afirmações dadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o órgão ficaria com a mesma organização de funcionamento, os parâmetros devem seguir a linha de Moro.

Veja como os deputados federais cearenses votaram:

Sim:

  • Capitão Wagner (Pros)
  • Domingos Neto (PSD)
  • Heitor Freire (PSL)
  • Célio Studart (PV)

Não:

  • André Figueiredo (PDT)
  • Eduardo Bismarck (PDT)
  • Idilvan Alencar (PDT)
  • Leônidas Cristino (PDT)
  • Mauro Benevides Filho (PDT)
  • Robério Monteiro (PDT)
  • Aj Albuquerque (PP)
  • Denis Bezerra (PSB)
  • José Airton Cirilo (PT)
  • José Guimarães (PT)
  • Luizianne Lins (PT)
  • Pedro Augusto Bezerra (PTB)
  • Genecias Noronha (Solidariedade)
  • Moses Rodrigues (MDB)

Abstenção:

  • Dr. Jaziel (PR)

Número de Ministérios

Nessa quarta-feira (22), os deputados aprovaram, também, a redução do número de ministérios de 29 para 22. Além disso, o texto aprovado transferiu novamente a Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Agora, a Funai também ficará responsável pela demarcação de terras indígenas.

Antes o órgão estava subordinado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos e a demarcação era uma atribuição do Ministério da Agricultura.

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